quinta-feira, 21 de julho de 2011

Curiosidade: ainda existe gente honesta no País



















Em meio a tantas notícias de corrupção no Brasil e no mundo, o fato a seguir até parece ficção. Aconteceu na estação Aeroporto, no dia 21 de junho, por volta das 13h, quando seu Adelino Braz dos Santos, 72 anos, eletricista autônomo, passava pela linha de bloqueios. Ao apresentar sua carteira de gratuidade, deixou cair uma nota de R$ 100,00 e outra de R$ 50,00, que levava para comprar materiais elétricos.
Logo depois, o usuário que utiliza o metrô da Linha Sul, Reinaldo Gomes da Silva Jr., 44 anos, funcionário público, que deixara os filhos na escola e seguia para o seu local de trabalho, viu os R$150,00. Ele pegou o valor e dirigiu-se ao funcionário do bloqueio procurando saber com quem poderia deixar o valor encontrado, o qual informou que poderia deixar com ele mesmo ou com a chefe da estação e assim foi feito.
Na plataforma, Reinaldo ficou alerta para saber se alguém falava que havia perdido o dinheiro. “Por princípio, pensei, alguém deve estar precisando do dinheiro. Vou fazer minha parte” confessou. Já na rua da Concórdia, seu Adelino se apressava na cotação de preços. E na hora do pagamento, percebeu que estava sem o dinheiro.
A chefe do posto, Lúcia de Andrade, seguindo as normas da CBTU, preencheu o formulário para controle de objetos perdidos e registrou em livro o acontecido, guardando a quantia em cofre. Como as estações da CBTU possuem circuito fechado de TV (CFTV), Lúciade Andrade foi verificar nas imagens gravadas qual usuário havia perdido o dinheiro. De posse das informações, identificaram ousuário (Sr. Adelino). E todos da estação foram alertados no intuitode encontrá-lo.
Após quatro dias de observação, seu Adelino foi localizado. “Eu não estou acreditando que o dinheiro tava ai? Ainda temos gente tão honesta no Brasil?” falou incrédulo. O pessoal da estação resolveu proporcionar o encontro dos dois personagens. Adelino e Reinaldo se encontraram no edifício sede da CBTU-Metrorec. Eles conheceram as instalações e puderam conversar e trocar elogios emocionados pelo ato de honestidade e humanidade de uma pessoa, que ao achar um dinheiro, fez questão de devolvê-lo ao dono, mesmo sem ter referência e informações de quem poderia ser.

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