segunda-feira, 11 de julho de 2011

Já de olho em 2014: PT vigia os passos de Eduardo


Demise Rothenburg - Correio Braziliense
No último mês, o PT passou a observar mais atentamente todos os movimentos políticos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Embora ainda faltem três anos para a largada oficial da eleição de 2014, ele é visto desde já pela cúpula petista como o único nome da base aliada capaz de ajudar a fazer água numa possível candidatura do partido que não seja a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A desconfiança do comando petista em relação a Campos começou com uma entrevista do governador em que ele pregava um novo modelo de fazer política e estendia a mão aos tucanos, no início do ano. Há 11 dias, essa suspeita aumentou quando o PSDB reuniu o mundo político em Brasília para homenagear o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelos seus 80 anos. O neto de Miguel Arraes compareceu como presidente do PSB e governador. Chegou acompanhado da mãe, a líder do partido na Câmara, deputada Ana Arraes (PE). Foi chamado a fazer parte da mesa principal. O PT olhou de soslaio para a deferência.

Ana Arraes no TCU
A desconfiança aumentou quando o PT descobriu que um grande número de deputados do PSDB, especialmente de Minas Gerais e São Paulo, se prepara inclusive para votar em favor da candidatura de Ana Arraes para ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). Hoje, dizem os socialistas, há mais votos em favor de Ana Arraes no PSDB do que em outros partidos da base.

O raciocínio do PT correu léguas ao saber desse apoio. Na avaliação dos petistas, o PMDB está hoje amarrado à candidatura de Dilma Rousseff porque tem a vice-presidência. Legendas menores como PP, PR, PCdoB não têm nomes para tentar carreira solo daqui a três anos. O PDT está nas mãos do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que na última eleição presidencial seguiu com Dilma e não teria por que mudar de rumo. Resta apenas o PSB, que tem nomes como Eduardo Campos, o ex-deputado federal Ciro Gomes e o governador do Ceará, Cid Gomes. Além disso, não tem a “amarração” com a vaga de vice. Ou seja, se quiser, voa. 


Transcrito do blog de Magno Martins

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